Para quem tem cartão de crédito, juros caem de 3,50% para 3,36% ao mês. Para os que ganham o teto, valor do empréstimo convencional sobe de R$ 30.589,95 para R$ 31.687,43, com prestação de R$ 965,55 em 60 meses
POR LUCIENE BRAGA, RIO DE JANEIRO
Rio - Desde ontem, o empréstimo consignado de aposentados e pensionistas do INSS está mais barato. O ‘Diário Oficial da União’ publicou a Portaria nº 1.102, com a regulamentação da decisão do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), que reduz o teto da taxa de juros de 2,50% para 2,34% ao mês na modalidade convencional, enquanto o cartão de crédito tem queda de 3,50% para 3,36% ao mês.
Segundo o governo federal, a decisão da Previdência Social de reduzir o teto de juros cobrado no consignado está “alinhada à recente evolução da Taxa Selic”, explica nota de divulgação da medida. A última redução do teto foi há um ano e meio, quando a taxa básica de juros da economia estava em 11,25%. Hoje, a Taxa Selic é de 8,75% ao ano.
Com a mudança nos juros, muda também o montante que o segurado poderá retirar emprestado. Hoje, o teto do INSS é de R$ 3.218,50. Como o Ministério da Previdência estabelece o limite de 30% para o empréstimo convencional, o teto de pagamento mensal, chamado margem consignável, é de R$ 965,55. Pelos juros anteriores, de 2,50% ao mês, o segurado poderia tomar emprestados R$ 30.589,95. Desde ontem, por conta da redução na taxa, o segurado poderá contratar um financiamento maior, de R$ 31.687,43, com prazo de quitação de 60 meses.
O cartão de crédito também teve alteração. Até ontem, com a taxa de juros de 3,50% ao mês, a prestação de R$ 321,85 (10% do benefício, cota específica para o cartão) dava direito a empréstimo de R$ 6.759,06 com quitação em 36 parcelas. Com a taxa de 3,36% ao mês em vigor, esse valor passará a R$ 6.887,87.
Na quarta-feira, o ministro da Previdência Social, José Pimentel, defendeu que, além de reduzir os juros, a queda da taxa dá margem maior ao segurado. “Ao definir juros menores, criamos condições para colocar nas mãos dos aposentados e pensionistas uma margem maior do crédito. Com isso, ganham todos, inclusive a economia brasileira”, disse.
Para a segurada Vera Lúcia Peixoto Soares, 66 anos, que tem um contrato de consignado, a redução de juros é uma boa chance de renegociar a dívida. “Em maio, eu decidi unificar todos os meus empréstimos. Tenho 18 meses para quitar. Agora, é hora de sentar com o gerente e fazer as contas para tentar fazer cair também o que nós estamos devendo”, avalia a pensionista
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